O isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus aumentou o número de gamers em todo o mundo. Entre eles, estava uma menina de 11 anos, que deu um grande susto em seu pai ao gastar mais de R$ 30 mil (4.642 libras) em um jogo online durante a quarentena. Steve Cumming, de 72 anos, contou à BBC que ficou chocado quando descobriu o prejuízo financeiro.
LEIA MAIS:
- Pandemia pode trazer de volta laços de amizade entre crianças vizinhas
- Estudo avalia impacto do distanciamento social em crianças com deficiência
- Coronavírus: como higienizar a casa em época de pandemia?
Confinada em casa, a garota passou a criar seu próprio mundo virtual em um jogo chamado Roblox. O download do aplicativo é gratuito, mas os usuários podem gastar (muito) dinheiro para liberar algumas funcionalidades, como personagens. “Minha filha me disse que todos os seus amigos estavam jogando esse jogo e que ela queria gastar 4,99 libras (R$ 33,50). Ela fez essa compra usando meu cartão de débito no dia 16 de abril e eu não pensei mais nisso”, contou Steve.
Pouco hábil com a tecnologia, o pai só tomou conhecimento da pequena fortuna gasta pela filha quase um mês depois, quando consultou sua conta bancária pelo celular e descobriu que tinha entrado no cheque especial. “Fiquei surpreso ao ver centenas e centenas de transações, todas entre 0,99 (R$ 6,62) e 9,99 libras (R$ 67). Eu não conseguia entender. Eu pensei que tinha sido enganado”, descreveu.
Segundo o pai, a menina acreditava que estava jogando com dinheiro de brincadeira, como no jogo de tabuleiro Monopoly. “Minha filha ficou muito chateada quando contamos a ela sobre as consequências financeiras”, disse. Steve ligou para o seu banco para cancelar o cartão de crédito, mas mais de R$ 6.690 (1.000 libras) já tinham saído de sua conta.
Em nota à BBC, a empresa responsável pelo game Roblox afirmou que o pai da menina de 11 anos que gastou mais de R$ 30 mil no jogo online será reembolsado. “Nós nos esforçamos para impedir compras não autorizadas, adotando medidas como não armazenar informações de cobrança. E trabalhamos diretamente com os pais para fornecer reembolsos apropriados sempre que possível, como é o caso dessa vez.”
